O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA) juntamente com o Conselho Regional de Desenvolvimento da Serra (COREDE SERRA) e a Associação dos Município da Encosta Superior do Nordeste (AMESNE)  promoveram na quinta-feira (07) reunião técnica com os 32 municípios, sendo 26 do CISGA, vinculados ao projeto Resíduos Serra – RS UP no auditório Florense da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

O projeto é desenvolvido pela Universidade de Caxias do Sul e agrega municípios das regiões da Serra Gaúcha, Hortênsias e Campos de Cima da Serra, abrangendo uma população de aproximadamente 1 milhão de habitantes.

A Presidente do Corede Serra, Mônica Mattia, disse que o objetivo do encontro foi proporcionar esclarecimentos e buscar sanar dúvidas para que o cronograma do projeto possa ser retomado. No entendimento de parte dos representantes dos municípios presentes, os aspectos jurídicos e técnicos precisam ser mais trabalhados para haver uma melhor compreensão da proposta.

O Diretor-Executivo do CISGA, Rudimar Cabelon, destacou que o mais importante é ter dado continuidade ao trabalho e o CISGA tem com o COREDE e AMESNE vários projetos junto à UCS. Caberlon entende não haver mais soluções individuais, mas integradas e citou como exemplos a discussão que tratou da revisão e elaboração dos Planos Diretores Municipais e dos Planos de Mobilidade Urbana.

“Temos todo interesse que os processos e as discussões de políticas públicas, cada vez mais sejam articuladas e regionais. Não tem como pensar um município fazer ações individualizadas e uma das nossas funções como Consórcio é propiciar esses momentos de discussão, de debate, de esclarecimentos”, acrescentou Caberlon.

A Pró-reitora de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Caxias do Sul, professora Neide Pessin, disse em sua fala que é de suma importância a continuidade do projeto Resíduos Serra – RS UP. “A integração é fundamental para resolução de problemas. É desejo da UCS dar sequência ao projeto por entender que é de relevante importância para a região, é um projeto de inovação e que precisa avançar,” frisou a Pró-reitora.

O projeto é dividido em três fases

Na fase I, já concluída, houve a caracterização dos RSUs gerados pelos municípios integrantes do projeto, ensaios em escala de laboratório das técnicas propostas no projeto e ensaios em escala piloto de ambas as técnicas. A fase I compreendeu um ano de projeto e foi executada nos laboratórios da UCS (Lebio, Latam e Fazenda Escola);

Na fase II está prevista a instalação e operação de uma unidade teste, visando atender a legislação ambiental da Fepam-RS e validar os resultados obtidos na fase I do projeto. (A Licença Prévia para instalação da unidade teste no Aterro Sanitário Rincão das Flores, interior de  Caxias do Sul já foi concedida pela Fepam);

Na fase III está prevista a instalação de uma unidade regional (em escala industrial) de geração de energia e produtos de valor agregado a partir dos RSUs.