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15/09/2025

Presidente Gisele Caumo relata impactos das enchentes e defende políticas permanentes de prevenção no Congresso Conquista, Tchê!

Em sua exposição, destacou os graves impactos das enchentes que atingiram Santa Tereza nos últimos dois anos e as estratégias adotadas para garantir a reconstrução

O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA), por meio da prefeita de Santa Tereza e presidente da entidade, Gisele Caumo, participou da primeira edição do Congresso Conquista, Tchê! sobre Financiamento de Projetos para Agentes Públicos. O evento foi promovido pela Câmara de Vereadores de Caxias do Sul e pela União dos Vereadores do Brasil (UVB), com apoio do Parlamento Regional da Serra Gaúcha.

Gisele integrou o painel em que prefeitos compartilharam experiências sobre boas práticas na elaboração de projetos, busca por financiamentos e superação de entraves técnicos e burocráticos. Em sua exposição, destacou os graves impactos das enchentes que atingiram Santa Tereza nos últimos dois anos e as estratégias adotadas para garantir a reconstrução.

Segundo ela, o município de apenas 2 mil habitantes enfrentou cinco cheias em nove meses. A mais severa ocorreu em setembro de 2023, quando o Rio Taquari atingiu 23,65 metros, comprometendo o sistema de comunicação e dificultando a resposta da Defesa Civil local. Em maio de 2024, nova enchente afetou 100% da área rural e 80% da urbana, com prejuízos estimados em R$ 165 milhões — quase sete vezes o orçamento anual da cidade.

A prefeita ressaltou que, a partir da experiência acumulada, a administração conseguiu adotar estratégias mais rápidas e eficazes para lidar com os desastres seguintes. O trabalho da equipe técnica permitiu a aprovação de 36 dos 41 planos apresentados à Defesa Civil Nacional e ao Governo do Estado, totalizando mais de R$ 30 milhões somente na esfera federal.

Entre as prioridades, ela citou a entrega das 24 moradias prometidas pelo Estado, ainda pendentes dois anos após a primeira grande cheia. “Construímos pontes e acessos em tempo recorde, mas a obra que mais desejo entregar são as casas às famílias atingidas”, afirmou.

Gisele também destacou os avanços locais em resiliência, como a realocação de famílias que viviam em áreas de risco, a proibição de construções em regiões alagáveis e a execução de obras de contenção, desassoreamento de arroios e proteção ambiental. Ressaltou ainda a importância da parceria com universidades, que desenvolvem pesquisas e planos de prevenção, como o projeto da Universidade Federal previsto para 2027.

Por fim, defendeu a criação de políticas públicas permanentes de prevenção a desastres, inexistentes nas esferas estadual e federal, e alertou para as limitações de fundos emergenciais, como o FUNRIGS. “Santa Tereza só conseguiu se reerguer porque uniu agilidade técnica, planejamento e busca incessante de recursos. O que falta, ainda, são políticas públicas voltadas à prevenção e à resiliência”, concluiu.

 

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