O Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA) realizou na semana passada visitas técnicas em usinas de processamento de resíduos sólidos em municípios de Santa Catarina. O objetivo foi conhecer como essas unidades operam, visto que os municípios do CISGA estão debatendo sobre a destinação final dos resíduos sólidos urbanos.

Participaram da visita técnica o Diretor Executivo do CISGA, Rudimar Caberlon, o secretário de Meio Ambiente de Carlos Barbosa, Itacir Rossi e o Engenheiro Civil da prefeitura de Nova Roma do Sul, Antônio Nora além de representantes da Cooperciclo Veranópolis e da Caixa Econômica Federal.

Em São Bento do Sul (SC) conheceram a Usina de Valorização de Resíduos onde o lixo recolhido pode se transformar em diferentes tipos de materiais.

O lixo, que chega, é composto de resíduo orgânico e materiais, como vidro, plástico e papelão. O processo de transformação inicia com a separação do material recebido no local.

Objetivo é retirar da esteira itens que não podem ser reciclados. A partir de então inicia todo o processo de trituração dos resíduos que em seguida são enviados para moldes onde submetidos a altas temperaturas são processados e ganham forma de materiais plásticos, como tijolos, tubos e pavers.

Resíduos úmidos e orgânicos têm outro destino. Eles vão para um sistema chamado biodigestor, que fermenta o material e produz o biogás, que, por sua vez, alimenta o motor que está acoplado no gerador. O gerador está ligado na rede da concessionária de energia.

Após visitarem a Usina de Tratamento de Resíduos, eles foram recebidos pela Secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Bento do Sul (SC), Andréa Tamanine, onde tiveram a oportunidade de conhecer o projeto da Casa do Empreendedor e Centro de Inovação do Planalto Norte, incluindo o Espaço de InovaJuntos, parceria com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A comitiva esteve ainda reunida com o Consórcio Intermunicipal Quiriri, com sede em São Bento do Sul, para troca de experiência sobre licenciamento ambiental.

O grupo também esteve no Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI), com sede no município de Timbó (SC). O objetivo foi conhecer mais de perto a gestão consorciada do CIMVI aplicada aos resíduos sólidos urbanos e também ao Licenciamento Ambiental.

Na oportunidade conheceram os projetos em desenvolvimento, visitaram a Central de Valorização dos Resíduos (CVR 1), o Aterro Sanitário e as obras para implementação da CVR 2 que terá capacidade de processar 160 toneladas de resíduos ao dia. A Central recebe materiais dos 14 municípios consorciados, reduzindo custos operacionais e evitando danos ao meio ambiente.

O conceito do projeto da CRV 2 visa aproveitar até 100% do lixo convencional, transformando os resíduos orgânicos e sólidos em recursos valiosos por meio de uma Usina Biomecânica de Valorização de Resíduos.

Esta solução consiste no processamento dos resíduos após a coleta seletiva e triagem de recicláveis, fazendo o aproveitamento dos rejeitos do RSU, hoje destinados ao aterro sanitário. Esta tecnologia inovadora e patenteada, realiza a separação dos resíduos em orgânicos e sintéticos (Desidratação), gerando a possibilidade de aproveitamento, valorização e a transformação em diversos produtos.